sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Mudança

Existe um conceito intangível chamado de “mudança”. Sei que isso é discutível e peço que me acompanhem para que eu demonstre o quão mal definido ele é. Começando pela forma com que o dicionário o descreve como “alteração do estado normal de algo”. Considerando que o estado normal de algo é um conceito abstrato, fica difícil caracterizar a ideia de mudança.
Quando estamos diante de uma mudança muito grande na nossa vida, a tendência é ter medo. Receio. Na maioria das vezes é mais pela ansiedade de mudar e não pela mudança propriamente dita. E o engraçado é que uma semana depois de ter mudado e ter se habituado à mudança, parece que as coisas sempre foram daquele jeito. Quase não dá mais para se lembrar de como eram antes e qual era o motivo daquele medo bobo.
E quando tudo está para mudar, de uma vez, e você se pergunta por que aquilo tem que acontecer naquele momento exato? Como se houvesse um momento certo e propício para as coisas acontecerem. Já parou para pensar que a mudança pode não ser um obstáculo a ser superado e sim uma oportunidade a ser aproveitada? E oportunidades podem passar.
Outro fato interessante é que as pessoas não mudam como se espera e, ao mesmo tempo, mudam mais do que notamos. As pessoas que realmente nos saltam os olhos são aquelas que continuam nos surpreendendo ao longo do tempo e que, de repente, parecem estar se apresentando pela primeira vez. De novo. Claro, mesmo nas vezes em que nos surpreendem negativamente. Todas as outras pessoas previsíveis que acabam entrando na nossa vida, às vezes saem dela sem que a gente nem repare.
Como dito, o estado normal de algo é relativo. Quem sabe o que você considera normal foi implantado na sua cabeça por alguém, muitas vezes você mesmo, de uma maneira que lhe causa todo esse mal estar só de pensar em mudar. Uma mudança que muitas vezes se faz necessária, mas que a gente só percebe depois de ter mudado.

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